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terça-feira, 1 de outubro de 2013

A França quer assassinar o vinho!

O mau exemplo da França que esperamos não seja efetivado nem copiado por outros países

Noticias chegadas da França informam que produtores e profissionais da uva e do vinho deste país estão em polvorosa porque o governo anunciou medidas que restringem a presença desta milenar bebida na mídia.

Uma das medidas prevê o controle da mídia proibindo qualquer meio de comunicação de falar positivamente sobre vinhos para não estimular o consumo de álcool entre os jovens.
As propostas tem itens ainda mais polêmicos: proibição de falar sobre vinhos em blogs, sites e internet, radicalização das mensagens de alerta sobre o consumo de álcool, divulgação das unidades de álcool na embalagem além do teor alcoólico e, como não podia faltar, aumento da tributação do vinho.

Tudo é muito estranho e seria bom saber o que há por trás de tudo, isto porque não é possível que um país como a França queira acabar com um dos símbolos mais marcantes da sua cultura, e com um produto que representa uma gorda parcela de suas exportações.

Enquanto o mundo entende a cada dia mais os benefícios que o consumo moderado de vinho proporciona ao corpo e à alma, a França corre no sentido contrário ao querer associar este hábito aos maus costumes, ao abuso, ao descontrole.

Se a preocupação é por um eventual aumento do alcoolismo na população jovem o tiro é na direção errada. Ao longo de séculos, em especial quando os volumes consumidos eram maiores, ficou demonstrado que alcoolismo está associado ao consumo de bebidas brancas, destiladas, que tem um efeito mais rápido, ideais para os que procuram “ganhar coragem” de imediato ao bebê-las puras ou misturadas a energéticos quando a viagem desejada é mais longa e duradoura. Isto deveria ser combatido e não somente na França.
O estímulo ao consumo de bebidas focadas na juventude apresentadas em embalagens sugestivas, na forma de coquetéis que são verdadeiras bombas de efeito retardado pela alta graduação alcoólica e que tornam charmoso o consumo de vodca, gim e run.

O vinho é bebido por prazer, sentindo seus aromas e sabores com facilidade pela moderada graduação alcóolica e por ser resultante das características da uva que o gerou.

Os blog de vinhos, sites e artigos exaltam o vinho como uma bebida associada à moderação, a reflexão, a momentos prazerosos, à possibilidade dada a todas as pessoas de saborear e diferenciar aromas e gostos, viajar pelas regiões produtoras, suas uvas, seus vinhos, seus costumes. Condena-los como exaltadores do alcoolismo é tão absurdo que é difícil imaginar que esta ideia brilhante possa ter saído de alguma mente brilhante francesa.

Querer aumentar os tributos sobre o vinho somente se explicaria como medida para ajudar a França a sair da crise profunda em que se encontra mas porque matar a galinha dos ovos de ouro?

Caso queira se manifestar contra este absurdo que ataca a figura do vinho e que poderá ser contagioso entre no site http://www.cequivavraimentsaoulerlesfrancais.fr/

Eu já deixei registrada minha revolta.

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