Estou iniciando o blog "VINHO SEM FRESCURAS" justamente porque estou cansado de tanta frescura quando o tema é vinho. Pretendo abordar todos os assuntos relacionados a esta bebida tão natural da forma mas simples possível. Participe enviando noticias, comentários, críticas ou elogios sobre vinhos, espumantes nacionais ou estrangeiros e até, se quiser, sobre algúm de meus espumantes ou vinho que elaboro na pequena e simpática cidade de Garibaldi no interior de Rio Grande do Sul.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Os espumantes em 2012
As estatísticas de comercialização de espumantes no mercado brasileiro mostram o que todo o mundo já sabe: os produtos nacionais ocupam um espaço preponderante e o que é mais importante, mantem esta posição ao longo dos anos. Motivo: a reconhecida qualidade dos mesmos e a confiança que o apreciador deposita neles. Clique acima dos quadros para aumentar o tamanho e melhorar sua visualização.
Na estatística chama a atenção o enorme crescimento do Cava espanhol (dobrou as vendas em dois anos) devido ao esforço de marketing realizado com sucesso pela Freixenet. É um exemplo do marketing bem feito que consegue que a imagem supere a qualidade.
Em 2007 a queda forte (quase 30%) dos importados foi por conta do fracasso argentino de querer empurrar um espumante da qualidade do Mumm que era péssimo. Pagaram a conta no ano seguinte passando das 190 mil caixas a 62 mil. De resto a participação de champagnes, cremant e espumantes italianos mantem os volumes pouco alterados. Com os proseccos italianos parece ter acontecido algo semelhante aos espumantes argentinos: pagam pela má qualidade dos produtos importados.
Os números mostram o crescimento constante de aproximadamente 10% ao ano o que é importante apesar de que o consumo ainda é baixo.
Se dividimos os 20 milhões de litros pelos 196 milhões de habitantes chegaremos a conclusão que o consumo é de 0,10 litros por habitante ou uma taça relativamente generosa por ano/habitante. Ainda tem muito para crescer.
Sempre digo que o brasileiro está "condenado" a beber espumante porque não há outra bebida que se identifique melhor com sua forma de ser, descontraída, alegre, festiva. Dois fatores ainda favorecem o consumo: uma região com vocação para produzi-los com alta qualidade e um enorme e belo litoral que guarda uma gastronomia muito adequada para o consumo de espumantes.
O grande desafio é vencer o preconceito que ainda existe, em especial do consumidor masculino, que acha que o verdadeiro vinho é o tinto e se resiste a consumir espumantes.
Mas isto está mudando rapidamente devido a que o espumantes tem um aliado atuante e respeitado: a mulher. Ela é quem impulsa o crescimento e muda devagar os hábitos de seus companheiros.
Por tudo isto os espumantes brasileiros, em especial os produzidos no Rio Grande do Sul, merecem comemorar a confiança ganha junto ao público apreciador.
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