Talvez seja consequência do frequente consumo de espumantes, talvez seja pela idade, pelo clima, pelo humor,,,em fim não sei. O fato é que ultimamente estou preferindo um refrescante vinho branco que um encorpado tinto.
Não sei explicar o motivo mas quando sento na mesa, penso na elegância de um Chardonnay ou na exuberância de um Sauvignon blanc. Vem logo a minha mente despertando meus sentidos, as cores douradas pálidas, os aromas intensos e envolventes de frutas semi-maduras e o sabor que invade com seu frescor, acidez e juventude. E não me resisto. E peço um vinho branco.
Sei que muitas pessoas acham que o verdadeiro vinho é o tinto, que o vinho branco é para pessoas iniciantes e despreparadas, que quem bebe vinho branco não está com nada, etc. etc. Mas como disse um sábio: gosto não se discute...se aprimora.
E por isso acho que aprimorei meu paladar antes muito direcionado a espumantes e vinhos tintos. Agora acho que fechei o círculo.
Tenho minhas fases mas em principio me deixo levar pelo que o corpo pede nesse momento. Sem dar explicações a ninguém, sem estresse, sem ficar amarrado a “vinhos que casam com pratos”.
O vinho e o prato devem casar comigo, assim seremos felizes para sempre.
Estou iniciando o blog "VINHO SEM FRESCURAS" justamente porque estou cansado de tanta frescura quando o tema é vinho. Pretendo abordar todos os assuntos relacionados a esta bebida tão natural da forma mas simples possível. Participe enviando noticias, comentários, críticas ou elogios sobre vinhos, espumantes nacionais ou estrangeiros e até, se quiser, sobre algúm de meus espumantes ou vinho que elaboro na pequena e simpática cidade de Garibaldi no interior de Rio Grande do Sul.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Vamos construir o futuro
Creio que todos os que estivemos envolvidos neste episódio da Salvaguarda, Ibravin inclusive, deveríamos, à luz das reações acaloradas em pro e contra a medida, refletirmos sobre o problema da redução drástica de participação do vinho fino nacional no mercado. É fundamental ir a fundo, com objetividade, transparência, sem melindres e sem temores.
Creio ainda que os acontecimentos deixaram uma lição: a parte mais importante é que o mercado consumidor é capaz de manifestar-se através de seus representantes nas redes sociais, internet, mobilizando-se e reagindo contra ações de todo tipo que possam ameaçar sua liberdade de escolha.
Num país como o Brasil, com a maior população da América, com um consumo ainda insignificante, com uma evidente melhoria na distribuição de renda, com uma população “sedenta” de conhecer sobre a cultura da uva e do vinho, o mercado futuro oferece condições para todos participarmos, sem guerras, com honestidade nos preços e na qualidade de nossos produtos. Tenho certeza que todos poderemos construir um futuro brilhante para o mercado onde o vinho nacional ocupará o lugar merecido.
O consumidor tem preconceito sobre o vinho nacional?
Se a estatística do consumo de espumantes nacionais e importados mostra a enorme predominância dos primeiros, porque imaginar que a situação inversa nos vinhos é resultado de preconceito? NÃO É.
A verdadeira razão é que o consumidor CONFIA na qualidade do espumante e NÃO CONFIA na qualidade do vinho. Trata-se de um problema de imagem. É necessário mudar esse conceito tendo muita paciência e ideias claras.
Paciência porque é mais fácil GANHAR CONFIANÇA que RECUPERAR A CONFIANÇA PERDIDA.
Ideias claras porque se não forem atacadas as causas do problema com inteligência, modéstia e profissionalismo, em pouco tempo as consequências serão piores e não haverá solução.
A falta de confiança é tamanha que o consumidor prefere beber um vinho argentino ruim comprado a menos de 10 reais do que um nacional do mesmo preço e com certeza de melhor qualidade.
O Ibravin tem uma tarefa faraónica e este respeito e já começou a executá-la. Esperemos que continue ficado nisso promovendo degustação, palestras, apresentações e cursos que aproximem o setor ao consumidor.
O Ibravin tem de estimular e apoiar fortemente todas as novas regiões que estão surgindo e em especial os pequenos produtores. São através deles que a cultura da uva e do vinho se consolida nestas novas regiões. Já é conhecida a inutilidade da passagem por algumas regiões de vinícolas de grande porte, nacionais e multinacionais. Passaram e não deixaram nada.
O mercado se alargou em termos de oferta e o Brasil pouco fez. Há uma década países como Portugal, Itália e Espanha chegavam ao Brasil representadas por vinhos de pouquíssimas regiões. Espanha com Rioja, Itália com Valpolicella e Portugal com Douro e Verde. Agora são dezenas de vinhos de boa qualidade, curiosos, inovadores, com novas propostas. Nós fizemos muito mas as iniciativas regionais não recebem apoio, incentivo, divulgação. Regiões que surpreendem por seus vinhos como Encruzilhada do Sul, Bagé, Pinheiro Machado e outras são sustentadas pelo esforço dos pequenos empreendedores. Pouco ou nada de apoio recebem.
Iniciativas como o Consórcio de Produtores de Espumantes de Garibaldi, criado para normatizar a metodologia de elaboração e monitorá-la através de auditorias externas, foi ignorada pelo Ibravin.
Promover uma mudança drástica nas regras da elaboração de vinhos e espumantes realizando alterações na Lei de vinhos será a ferramenta mais eficaz para um novo salto de qualidade. Acabar com a chaptalização para vinhos finos de imediato é fundamental, não pelas poucas gramas de açúcares que serão deixadas de colocar mas pelo efeito benéfico sobre a maturação das uvas e a maciez e harmonia dos vinhos, em especial da Serra Gaúcha.
Seria muito saudável que as entidades de classe representativas do setor e o Ibravin saiam mais de seus gabinetes e caminhem o mercado, ouvindo o consumidor, os formadores de opinião, os pequenos produtores. Chega de lamentações e de previsões apocalípticas. O mercado está aí, aguardando que arregacemos as mangas e trabalhemos juntos para crescer.
A instituição VINHO deve estar por cima de tudo. Lutemos para que a cultura da uva e do vinho se consolide e expanda. Mas não lutemos entre nós porque nos enfraquecemos e neste esforço vamos precisar de todas nossas forças.
Creio ainda que os acontecimentos deixaram uma lição: a parte mais importante é que o mercado consumidor é capaz de manifestar-se através de seus representantes nas redes sociais, internet, mobilizando-se e reagindo contra ações de todo tipo que possam ameaçar sua liberdade de escolha.
Num país como o Brasil, com a maior população da América, com um consumo ainda insignificante, com uma evidente melhoria na distribuição de renda, com uma população “sedenta” de conhecer sobre a cultura da uva e do vinho, o mercado futuro oferece condições para todos participarmos, sem guerras, com honestidade nos preços e na qualidade de nossos produtos. Tenho certeza que todos poderemos construir um futuro brilhante para o mercado onde o vinho nacional ocupará o lugar merecido.
O consumidor tem preconceito sobre o vinho nacional?
Se a estatística do consumo de espumantes nacionais e importados mostra a enorme predominância dos primeiros, porque imaginar que a situação inversa nos vinhos é resultado de preconceito? NÃO É.
A verdadeira razão é que o consumidor CONFIA na qualidade do espumante e NÃO CONFIA na qualidade do vinho. Trata-se de um problema de imagem. É necessário mudar esse conceito tendo muita paciência e ideias claras.
Paciência porque é mais fácil GANHAR CONFIANÇA que RECUPERAR A CONFIANÇA PERDIDA.
Ideias claras porque se não forem atacadas as causas do problema com inteligência, modéstia e profissionalismo, em pouco tempo as consequências serão piores e não haverá solução.
A falta de confiança é tamanha que o consumidor prefere beber um vinho argentino ruim comprado a menos de 10 reais do que um nacional do mesmo preço e com certeza de melhor qualidade.
O Ibravin tem uma tarefa faraónica e este respeito e já começou a executá-la. Esperemos que continue ficado nisso promovendo degustação, palestras, apresentações e cursos que aproximem o setor ao consumidor.
O Ibravin tem de estimular e apoiar fortemente todas as novas regiões que estão surgindo e em especial os pequenos produtores. São através deles que a cultura da uva e do vinho se consolida nestas novas regiões. Já é conhecida a inutilidade da passagem por algumas regiões de vinícolas de grande porte, nacionais e multinacionais. Passaram e não deixaram nada.
O mercado se alargou em termos de oferta e o Brasil pouco fez. Há uma década países como Portugal, Itália e Espanha chegavam ao Brasil representadas por vinhos de pouquíssimas regiões. Espanha com Rioja, Itália com Valpolicella e Portugal com Douro e Verde. Agora são dezenas de vinhos de boa qualidade, curiosos, inovadores, com novas propostas. Nós fizemos muito mas as iniciativas regionais não recebem apoio, incentivo, divulgação. Regiões que surpreendem por seus vinhos como Encruzilhada do Sul, Bagé, Pinheiro Machado e outras são sustentadas pelo esforço dos pequenos empreendedores. Pouco ou nada de apoio recebem.
Iniciativas como o Consórcio de Produtores de Espumantes de Garibaldi, criado para normatizar a metodologia de elaboração e monitorá-la através de auditorias externas, foi ignorada pelo Ibravin.
Promover uma mudança drástica nas regras da elaboração de vinhos e espumantes realizando alterações na Lei de vinhos será a ferramenta mais eficaz para um novo salto de qualidade. Acabar com a chaptalização para vinhos finos de imediato é fundamental, não pelas poucas gramas de açúcares que serão deixadas de colocar mas pelo efeito benéfico sobre a maturação das uvas e a maciez e harmonia dos vinhos, em especial da Serra Gaúcha.
Seria muito saudável que as entidades de classe representativas do setor e o Ibravin saiam mais de seus gabinetes e caminhem o mercado, ouvindo o consumidor, os formadores de opinião, os pequenos produtores. Chega de lamentações e de previsões apocalípticas. O mercado está aí, aguardando que arregacemos as mangas e trabalhemos juntos para crescer.
A instituição VINHO deve estar por cima de tudo. Lutemos para que a cultura da uva e do vinho se consolide e expanda. Mas não lutemos entre nós porque nos enfraquecemos e neste esforço vamos precisar de todas nossas forças.
sábado, 12 de maio de 2012
Vamos mudar de foco!!!
Na Serra Gaúcha são produzidos espumantes muito dignos, com características peculiares, únicos.
O mercado de espumantes cresce todos os anos em média 10% e continuará crescendo muito anos porque o brasileiro ainda não descobriu as virtudes desta maravilhosa bebida.
Na Serra Gaúcha aconteceu um dos maiores fenômenos de desenvolvimento regional que foi a região do Vale dos Vinhedos. Quem não se lembra das acentuadas carências que poucos anos atrás esta região tinha? Participaram desde desenvolvimento produtores pequenos como Geisse, Fracalossi, Anghebem, Valontano, Valmarino, Lidio Carraro, Pizzato entre outro tantos. Participaram produtores médios na época (agora bem mais crescidos) como Valduga e Miolo, e grandes como Aurora e Chandon. Todos deram o máximo de sim e agora desfrutam do prestígio da zona.
Na Serra Gaúcha nasceram centenas de cantinas familiares, alicerce de todas as regiões produtoras famosas do mundo. Algumas cresceram rapidamente e faturam dezenas de milhões de reais anualmente. A região ficou mais bonita, ganhou hotéis estrelados, SPA, restaurantes, pousadas e a ela chegam centenas de milhares de pessoas todos os anos. Esses visitantes compram vinhos, se hospedam, se alimentam, em fim deixam seu dinheiro lá.
Todas as vinícolas gaúchas como resultado da competitividade do mercado, aprimoraram a qualidade de seus produtos e ganharam reconhecimento e volume de vendas.
A região da Serra se beneficiou com a saída de multinacionais como Heublein, Seagram, National Distillers e Bacardi que cumpriram a importante missão de criar as bases do desenvolvimento mas que nos últimos anos, por falta total de vocação, perderam interesse no setor. A saída delas foi o estímulo para o surgimento de muitas vinícolas familiares.
Como uma prova da enorme variabilidade de climas e solos, muitos apropriados para a vitivinicultura, surgiram novas regiões produtoras como Pinheiro Machado, Encruzilhada do Sul, Livramento, Bagé, Candiota e outras mais, todas localizadas na metade sul do RS e pelo que parece são muito aptas para oferecer ao mercado vinhos tinto amáveis, elegantes, agradáveis.
Ante tudo isto que aconteceu de bom no RS, porque então alguns integrantes do setor tem medo, pouca confiança na qualidade de seus produtos, pouca fé no futuro?
Todo mundo sabe que um dos fatores que impedem a competitividade, em especial em preço já que qualidade existe, é a vergonhosa carga tributária que sufoca, amarra, paralisa.
Porque não atacar a verdadeira razão?
Porque querer sobreviver com a morte do outro?
Porque não crescermos juntos?
Porque não desenvolver mais rapidamente um mercado que bebe a ridícula quantidade de 1,8 litros ano habitante, dos quais mais da metade é de vinho de mesa?
Porque subestimar a capacidade de reação do consumidor procurando aplicar medidas que diminuam a oferta? ´
É ingenuidade pensar que sendo menos venderemos mais.
Apesar de que a consumo por habitante-ano permaneceu igual nas últimas décadas não devemos esquecer que o Brasil passou de 90 milhões de habitantes para 190 em pouco tempo. Mais que dobrou o volume comercializado. E os vinhos de outros países contribuíram para que o consumo acompanhasse o crescimento demográfico.
IBRAVIN, pare com a inútil tentativa da salvaguarda e lute por
MENOS:
- ICM
- IPI
- SELO FISCAL
- ST
- BUROCRACIA
MAIS:
- PRAZO PARA PAGAR IMPOSTOS
- RECURSOS PARA CAPITAL DE GIRO
- RECURSOS PARA INVESTIMENTOS EM ATIVOS
O resto deixa conosco que resolvemos!!!
Tirage Nature
Na região de Champagne chama-se tirage ao dia que inicia o ciclo de elaboração de espumantes ou seja o dia que fecha-se a garrafa com os componentes que permitirão a segunda fermentação para incorporar o gás carbônico. Eu também chamo assim porque não achei uma tradução “digna”.
Hoje fizemos uma parte do tirage 2013 de Nature com toda minha equipe formada por 3 funcionários, meu velho e querido amigo José (foto 1), meu neto baterista Lucca e minha filha Ana Isabel (foto 3), sócia, administradora, companheira de todas as horas e disposta sempre a participar de todos os assuntos ligados à produtora. Na ilustração percebem-se todos trabalhando desempenhando diferentes tarefas.
Engarrafamos 3.300 garrafas (2.500 litros) e no mês próximo faremos outro tanto de Brut.
No dia anterior preparei o vinho base no tanque especial que dispõe de um misturador que mantêm a mistura homogênea, colocando:
- 24 gramas por litro de açúcar super-refinado que será o alimento da leveduras devidamente dissolvido em vinho para compor o “licor de tirage”. O cálculo de 24 gramas é resultante do balanço químico da fermentação alcoólica que estabelece que a cada 4 gramas por litro de açúcares fermentados num recipiente fechado, forma-se 1 atmosfera de pressão ou 1 quilo por centímetro quadrado ou 14 libras.
- 30 gramas a cada hectolitro (100 litros) de nutrientes para as leveduras à base de fosfato de amónia, facilmente assimilável. Estes nutrientes são de fundamental importância porque permitem uma rápida reprodução das células que ganharão “força fermentativa” dentro da garrafa.
Deixamos o vinho em repouso até o dia seguinte quando foi feita a mistura do clarificante e das leveduras em atividade.
O clarificante utilizado universalmente é a bentonite sódica em doses de 15 gramas a cada hectolitro. A bentonite, selecionada e de alta pureza, é um tipo de argila que serve como clarificante e desempenha a função de “grudar” nas impurezas formadas pelas leveduras mortas durante a elaboração de espumantes pelo método tradicional ou champenoise. Com isto as impurezas formam um sedimento fácil de remover e retirar ao fim do ciclo.
Depois do clarificante colocamos as leveduras em dose de 20 gramas a cada hectolitro. Como as leveduras são comercializadas secas, é necessário hidrata-las em água morna durante meia hora e posteriormente, em etapas, ambientada ao vinho no qual irá atuar. Todo o cuidado na ativação das leveduras é pouco porque é o principal agente responsável pela transformação dos açúcares adicionados com a formação de álcool e gás carbônico.
Mantendo a mistura homogênea através das pás dispostas no interior do tanque, começamos o enchimento das garrafas novas que foram fechadas com o opérculo plástico e a tampa metálica (foto 2) que segurarão firmemente a pressão que irá formando-se ao longo dos meses.
As garrafas foram dispostas deitadas em containers e colocadas de imediato na sala climatizada a 18º C. Agora resta acompanhar as diferentes fases de tomada de espuma ou fermentação total dos açúcares, maturação, autólises, removido, degolado e acabamento.
Com certeza os dezoito meses que teremos de aguardar pacientemente transformarão este vinho num espumante digno de nossa casa. Se tudo correr bem estará no mercado em fins de 2013.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Melhor vinho é balela
A melhor forma de guardar um vinho é na memória.
O melhor vinho é aquele que lhe dá prazer.
Nada mais verdadeiro.
Essa história de dizer qual é o melhor vinho com descrições psicodélicas, notas, palavras difíceis, é balela.
Algumas pessoas teimam em apreciar um cálice de vinho ou uma taça de espumante com postura de juiz, necessitando expressar sua opinião fria, “a luz da lei”. Esta postura se justifica em concursos e avaliações, mas no dia a dia é uma postura estressante para quem a pratica e chata para quem assiste.
O vinho é momento, entorno, subjetividade, é sentimento. Um vinho cinco estrelas degustado numa reunião formal vai para a gaveta das experiências, um vinho simples bebido num momento especial, vai para a das lembranças.
Já bebi alguns vinhos e espumantes na minha vida e posso assegurar que muitos deles não deixaram marcas. Outros ficaram gravados porque estão associados a momentos especiais.
Nas frequentes viagens a Mendoza a visitar familiares sempre incluía uma irmã casada com um sujeito com o qual, nas longas conversas acompanhadas por um garrafão de vinho tinto adquirido no boteco da quadra e servido em copos de geleia, falávamos de futebol, economia, políticos e de todos os temas que o malbec simples nos colocava na mesa. Posso imaginar que esse vinho não seria nenhuma “brastemp” mas era delicioso nesse momento, nesse entorno. Jamais os esquecerei.
Assim como não esquecerei o Nebbiolo ainda jovem, duro, tânico bebido na cantina simples de Oscar Guglielmone em Viamão, em sua companhia, lá pelos anos setenta. O cheiro da cantina, as palavras sábias de Oscar e o Nebbiolo fazem parte de meu arquivo sensitivo que jamais será apagado.
Também jamais esquecerei uma taça de champagne Krug servida pelas mãos da uma simpática senhora integrante da família, após uma explanação da história da centenária vinícola. Foi o champagne, o ambiente, a historia contada por ela que transformaram o momento em inesquecível.
Gosto de beber bons vinhos e espumantes? Sim, em especial na boa companhia de pessoas, locais, música, por do sol, família, amigos, esposa/o, noiva/o, filhos, penumbra, solidão, etc, etc, etc.....