sábado, 12 de maio de 2012

Vamos mudar de foco!!!


Na Serra Gaúcha são produzidos espumantes muito dignos, com características peculiares, únicos.
O mercado de espumantes cresce todos os anos em média 10% e continuará crescendo muito anos porque o brasileiro ainda não descobriu as virtudes desta maravilhosa bebida.

Na Serra Gaúcha aconteceu um dos maiores fenômenos de desenvolvimento regional que foi a região do Vale dos Vinhedos. Quem não se lembra das acentuadas carências que poucos anos atrás esta região tinha? Participaram desde desenvolvimento produtores pequenos como Geisse, Fracalossi, Anghebem, Valontano, Valmarino, Lidio Carraro, Pizzato entre outro tantos. Participaram produtores médios na época (agora bem mais crescidos) como Valduga e Miolo, e grandes como Aurora e Chandon. Todos deram o máximo de sim e agora desfrutam do prestígio da zona.

Na Serra Gaúcha nasceram centenas de cantinas familiares, alicerce de todas as regiões produtoras famosas do mundo. Algumas cresceram rapidamente e faturam dezenas de milhões de reais anualmente. A região ficou mais bonita, ganhou hotéis estrelados, SPA, restaurantes, pousadas e a ela chegam centenas de milhares de pessoas todos os anos. Esses visitantes compram vinhos, se hospedam, se alimentam, em fim deixam seu dinheiro lá.

Todas as vinícolas gaúchas como resultado da competitividade do mercado, aprimoraram a qualidade de seus produtos e ganharam reconhecimento e volume de vendas.

A região da Serra se beneficiou com a saída de multinacionais como Heublein, Seagram, National Distillers e Bacardi que cumpriram a importante missão de criar as bases do desenvolvimento mas que nos últimos anos, por falta total de vocação, perderam interesse no setor. A saída delas foi o estímulo para o surgimento de muitas vinícolas familiares.

Como uma prova da enorme variabilidade de climas e solos, muitos apropriados para a vitivinicultura, surgiram novas regiões produtoras como Pinheiro Machado, Encruzilhada do Sul, Livramento, Bagé, Candiota e outras mais, todas localizadas na metade sul do RS e pelo que parece são muito aptas para oferecer ao mercado vinhos tinto amáveis, elegantes, agradáveis.

Ante tudo isto que aconteceu de bom no RS, porque então alguns integrantes do setor tem medo, pouca confiança na qualidade de seus produtos, pouca fé no futuro?

Todo mundo sabe que um dos fatores que impedem a competitividade, em especial em preço já que qualidade existe, é a vergonhosa carga tributária que sufoca, amarra, paralisa.

Porque não atacar a verdadeira razão?

Porque querer sobreviver com a morte do outro?

Porque não crescermos juntos?

Porque não desenvolver mais rapidamente um mercado que bebe a ridícula quantidade de 1,8 litros ano habitante, dos quais mais da metade é de vinho de mesa?

Porque subestimar a capacidade de reação do consumidor procurando aplicar medidas que diminuam a oferta? ´
É ingenuidade pensar que sendo menos venderemos mais.

Apesar de que a consumo por habitante-ano permaneceu igual nas últimas décadas não devemos esquecer que o Brasil passou de 90 milhões de habitantes para 190 em pouco tempo. Mais que dobrou o volume comercializado. E os vinhos de outros países contribuíram para que o consumo acompanhasse o crescimento demográfico.

IBRAVIN, pare com a inútil tentativa da salvaguarda e lute por

MENOS:
- ICM
- IPI
- SELO FISCAL
- ST
- BUROCRACIA

MAIS:
- PRAZO PARA PAGAR IMPOSTOS
- RECURSOS PARA CAPITAL DE GIRO
- RECURSOS PARA INVESTIMENTOS EM ATIVOS

O resto deixa conosco que resolvemos!!!



2 comentários:

  1. Parabéns pelo sensato artigo Sr. Adolfo Lona! Se todos pensassem assim, tudo seria melhor (não só o setor dos vinhos).

    Abraços,

    Flavio Henrique Silva

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  2. Olá! Por sorte do acaso caí aqui no seu blog.
    Depois de uma breve xeretada posso dizer que você ganhou mais um leitor.
    Parabéns pela sua dedicação de compartilhar seus conhecimentos com todos que se interessam com o mundo dos vinhos.
    obrigado

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