Estou iniciando o blog "VINHO SEM FRESCURAS" justamente porque estou cansado de tanta frescura quando o tema é vinho. Pretendo abordar todos os assuntos relacionados a esta bebida tão natural da forma mas simples possível. Participe enviando noticias, comentários, críticas ou elogios sobre vinhos, espumantes nacionais ou estrangeiros e até, se quiser, sobre algúm de meus espumantes ou vinho que elaboro na pequena e simpática cidade de Garibaldi no interior de Rio Grande do Sul.
quinta-feira, 3 de maio de 2018
Futuro borbulhante
Dificilmente cada brasileiro chegará a consumir num futuro próximo, o que os franceses consomem de espumantes a cada ano, quase 4 litros, mas tudo leva a crer que o futuro reserva um lugar especial a esta bebida tão versátil e sofisticada.
Na França, 65,4 milhões de pessoas, consomem 240 milhões de litros, no Brasil, 204 milhões consomem somente 24,5 milhões de litros.
Pode parecer pouco, mas o que importa é a evolução.
Em 2007, a população brasileira era de 184 milhões e o consumo de 11,8 o que representava 64 mililitros por pessoa, ou metade de uma taça.
Este consumo, pelos números apresentados acima, cresceu 84% passando para 120 mililitros, enquanto a população aumentou somente 10%.
Tenho certeza que esta evolução veio para ficar e a atribuo a alguns fatores como:
O brasileiro se identifica com o espumante: O brasileiro é alegre, festeiro, e nenhuma outra bebida é tão associada a esses momentos. Independentemente de classe social, as pessoas lembram de reuniões alegres, festivas, familiares, com amigos ao ouvir o estouro de uma rolha. Os rostos mudam, o sorriso aparece naturalmente, tudo muda com a sua chegada.
A mulher é destaque: Ter a mulher como aliada, sem sombra de dúvida, é o principal fator de consolidação do consumo de espumante como hábito saudável para o corpo e a alma.
Enquanto a cerveja parece estar associada a reuniões de homens, o espumante é o centro das atenções quando um grupo, pequeno ou grande de mulheres se encontra.
Elas consomem com a maior naturalidade, parecem ter descoberto que a festa é o espumante.
Além de consumir frequentemente, as mulheres desempenham um papel fundamental no crescimento do consumo ao mudar os hábitos de seus companheiros.
Qualidade dos produtos: Uma das variáveis importantes no frescor e leveza dos espumantes é o grau de maturação das uvas. Acidez e baixa graduação alcoólica são fundamentais e nesse aspecto a Serra gaúcha reúne naturalmente esta condição.
As uvas por conta do frio e das chuvas, tem dificuldade em maturar. Isto, que desafia tanto a produção de vinhos tintos, favorece a de vinhos para base espumantes.
Diferentemente da Argentina e Chile, que maturam em excesso as uvas, na Serra isto ocorre naturalmente e por isso os espumantes são mais frescos, marcantes e convidativos.
Maior acessibilidade: Num verdadeiro circulo virtuoso, o aumento de interesse por parte do consumidor brasileiro, provocou e provoca um acréscimo na oferta.
Lojas, supermercados e restaurantes, que antes ofereceriam um número muito limitado de marcas e tipos, agora destinam espaços destacados para os espumantes.
Maior oferta: Hoje e possível consumir bons espumantes em diferentes faixas de preço, desde o mais simples ao mais sofisticado.
O aumento de oferta fez com que o consumo de espumantes deixasse de ser restrito às camadas mais favorecidas da população. Este é um fator muito importante já que alarga o horizonte do consumo e populariza a bebida.
Confiança no produto nacional: Este é um fator de vital importância. A cada 10 garrafas de espumantes consumidas no Brasil, 8 são de produto nacional.
Isto demonstra quanto a qualidade e o preço dos espumantes brasileiros, atendem a expectativa e necessidade do apreciador desta magnifica bebida.
Por tudo isto, um brinde ao espumantes brasileiro, um brinde aos brasileiros que prestigiam produto e produtores com sua preferencia e finalmente um brinde especial para elas!!!
Bom dia Adolfo. Fiz recentemente um curso de iniciação ao vinho aqu em BH e tive a oportunidade de degustar dois deliciosos espumantes de sua produção, um Branco e um rosé. Só queria comentar q vc citou “estouro da rolha” e no curso o professor orientou n estourar, ou seja, deixar a rolha sair na mão preservando o gás no interior da garrafa o maior tempo possível. Estamos corretos?
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