Estou iniciando o blog "VINHO SEM FRESCURAS" justamente porque estou cansado de tanta frescura quando o tema é vinho. Pretendo abordar todos os assuntos relacionados a esta bebida tão natural da forma mas simples possível. Participe enviando noticias, comentários, críticas ou elogios sobre vinhos, espumantes nacionais ou estrangeiros e até, se quiser, sobre algúm de meus espumantes ou vinho que elaboro na pequena e simpática cidade de Garibaldi no interior de Rio Grande do Sul.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Se queremos, conseguimos
Na postagem "Está difícil" eu não culpei as redes de supermercados e os e-commerce pela situação, até porque elas devem cuidar de seus negócios e aproveitar todas as oportunidades. Para isso existem.
Se o mercado cresceu 25,55%, na minha opinião é porque tem mais gente bebendo vinho, não são os mesmos bebendo mais vinho e isso se deve à ação de redes e e-commerce. Mérito deles, lição para nós.
Quando falei de "marca diabo", me referi a que até anos atrás o que mais se via nas prateleiras eram as marcas mais famosas e tradicionais como Concha e Toro, Casillero del Diablo, Santa Ana, etc. Hoje se encontram marcas novas muitas delas das próprias redes e totalmente desconhecidas, sem tradição.
Isto nos deixa algumas lições que a meu ver são:
1. - É possível aumentar o tamanho do mercado. O brasileiro que aparentemente pouco conhece e pouco bebe, quer conhecer e quer beber. Temos de atende-lo oferecendo condições atrativas para seu bolso e seu paladar. O novo consumidor é atraído pelo status do vinho, pelo aspecto cultural.
2. - Marca conhecida não é, neste momento, garantia de vendas: Para o novo consumidor que está entrando no mercado, o nome famoso, a marca tradicional pouco importam. Ele quer preço accessível e produto confiável.
3. - Falar simples é fundamental: Precisamos parar de "assustar" as pessoas com discursos complicados, descrições sofisticadas, regras rígidas, condições de serviço inatingíveis, frescuras...
4. - Consumo diário garante futuro: Precisamos trabalhar para introduzir o vinho nos lares, fazer com que ele forme parte dos hábitos gastronômicos, da mesa diária, da reunião de amigos, dos churrascos, da família em torno da mesa.
5. - Democratizar a embalagem: Precisamos trabalhar embalagens "económicas" como o bag-in-box, o Magnum que democratizam o vinho e o colocam ao alcance de mais pessoas.
6. - Mais varietais e menos ícones e premium: Precisamos parar de "viajar" com preços absurdos em alguns vinhos. Falamos demais deles e de menos nos mais competitivos. Quando digo que meu vinho diário é o Chardonnay Varietal Aurora que adquiro a menos de R$ 30,00 num supermercado, as pessoas não acreditam que existam vinhos brasileiros de qualidade nessa faixa de preço. Há, mas são pouco falados. Insistindo em falar somente nos "grandes vinhos" damos razão às pessoas que afirmam que o vinho brasileiro quando é bom é caro.
Precisamos oferecer ao mercado novo, produtos mais competitivos, com boa relação preço qualidade. A festa dos vinhos com preços abaixo de R$ 20,00 vai acabar, não se sustenta. Por isso não deve balizar os preços de todos os vinhos, mas na situação atual o fator preço está pesando demais na decisão. Devemos entender que a época não recomenda exageros.
Todos os povos, as regiões, as comunidades que passaram por dificuldades extremas como guerras ou conflitos, ao fim delas, se convenceram que a união é a condição básica para superá-las.
Felizmente não estamos em guerra, mas é evidente que o setor tem de refletir sobre o futuro que lhe será reservado.
Os números são preocupantes e desafiadores. Preocupantes porque a participação caiu, desafiadores, porque demonstraram que poderá haver espaço para todos.
É chegada a hora da união. Chega de estimular o enfrentamento entre grandes e pequenos, chega de achar que o meu é melhor, é único, é mais natural que o do vizinho.
Não podemos esquecer que o vinho é conhecido como a "bebida dos povos", da fraternidade, da amizade, da cultura.
Só conseguiremos participar ativamente do promissor mercado de vinhos brasileiro deixando de lado todo individualismo, arrogância e soberba.
Pois é Lona, concordo com todos os termos que listou. É só dar uma visita num supermercado aos nossos vizinhos Chile e Argentina que observamos in situ o que tu comentas...vinhos muito bons e baratos! Aqui, tem vinícola que cresceu no mercado repentinamente com vinhos bons e baratos (R$25,00) e que agora, seguem bons e caros!!(mais de R$50,00)...cresceram o olho! Mas, um aparte nisso tudo.....teus espumantes que são sensacionais....são bem carinhos também!....poucos podem comprar.
ResponderExcluirQuerido Adolfo Lona, vc é um visionário e romântico, (quando o assunto é vinho), concordo com vc em gênero, número e grau, mas, estamos diante de uma transformação mundial de tudo; Comportamento, atitudes, e principalmente de valores. As pessoas estão num balé maldito de readaptação em tudo e no consumo principalmente. Sempre defendi a democratização do vinho pela sua essência, não pelas virtudes que "ele" impõe. Pois bem, nos atuais tempos de vacas magras, e olha, cada dia mais magras, o "garimpo" se torna mais árduo, fico horas, buscando "meus vinhos" de acordo com meu bolso e isso faz com que nos deparamos com grandes absurdos. Estou com tolerância zero para Restaurantes, lojas e conveniencia. A última foi no sábado, no Ráscal, que já foi a melhor carta de vinhos de SP, perdeu mais de 80% de seus rótulos e pasme, casa cheia e 1 mesa apenas consumindo vinho, isso me deixou enfurecido, mas, as desculpas são as mesmas de sempre. Ai me deparei com os preços e quase cai duro...Aproveitei para fazer um comentário com o gerente da casa. Vamos em frente...
ResponderExcluirConcordo plenamente com o Vidal. De fato os preços dos vinhos em restaurantes, que já não eram atrativos antes, agora estão COMPLETAMENTE fora da casinha...
ResponderExcluirSe pra gente que gosta de vinho está difícil, imagine para os novos entrantes?
Meu caro Serlecio, obrigado pelo comentário. Infelizmente a estúpida e injusta carga tributária brasileira cria distorções nos preços de meus espumantes que são mais caros em SP e RJ e mais baratos no RS. De todas formas o posicionamento de preços, comparados com outras marca, me parece justo. Abraço
ResponderExcluirMeu caro, velho e apreciado amigo e companheiro José Renato, é nossa realidade. E pensar que teve génios da cultura vínica que afirmaram alguns anos atrás que o brasileiro iriam consumir em 2025, 9 litros por ano. Ainda permanecemos em menos de dois. Com essa desordem o consumo continuará igual o pior. Grande abraço
ResponderExcluirCaro Edward, obrigado pelo comentário. Continuamos com abusos nessa área. Abraço
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