quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dez verdades sobre o serviço de vinhos e espumantes

1.- Taças de espumante úmidas ou mal enxaguadas prejudicam o perlage:
É um problema bastante freqüente. Lave com detergente neutro e enxágüe abundantemente com água quente e deixe escorrer para que seque naturalmente.
2.- Álcool ajuda a esfriar mais rapidamente o produto no balde:
O álcool abaixa a temperatura de fusão do gelo e por tal razão faz com que a água fique “mais gelada”. Serve para esfriar mais rapidamente, em especial um espumante. Deve tomar-se cuidado de não deixar o produto por tempo excessivo porque pode chegar a congelar caso a mistura seja com predominância de álcool.
3.- Abrir a garrafa com antecedência é ineficaz para oxigenar o vinho tinto:
Estudos comprovaram que este procedimento, considerado correto antigamente, não oxigena o vinho porque a troca é ínfima. Precisa ou deseja oxigenar? Use uma jarra ou decanter.
4.- Gosto não se discute...mais se aprimora:
O consumidor de vinhos e espumantes é progressivo, ou seja com o tempo vai educando o paladar e procura os gostos mais naturais e verdadeiros. Pode iniciar com produtos mais amáveis, adocicados, passa para os mais ligeiros e finalmente chega aos mais expressivos. Começa com um Moscatel, passa para o demi e finalmente chega ao brut ou nature.
5.- É fundamental a presença de água sem gás e ligeiramente esfriada nas refeições harmonizadas:
Ajuda a manter o paladar “limpo” na passagem de alimento para bebida ou vice-versa além de manter o corpo hidratado.
6.- A melhor forma de abrir um jantar ou almoço é com uma taça de espumante seco (brut ou nature):
O espumante com elevada acidez e gás carbônico estimula a formação de saliva abrindo as papilas gustativas.
7.- A temperatura de serviço do vinho tinto é fundamental para destacar seu sabor:
O velho e surrado ditado de “temperatura ambiente” é verdadeiro para os vinhos tintos mais maduros e envelhecidos, desde que esta temperatura não ultrapasse os dezoito graus. Os tintos mais jovens e ligeiros devem ser esfriados moderadamente para ressaltar os aromas e sabor.
8.- A seqüência correta beneficia os vinhos:
Os vinhos mais jovens e menos complexos devem ser servidos antes dos maduros ou envelhecidos. O primeiro se mostra adequadamente sem prejudicar ou abafar o vinho seguinte.
9.- Harmonizar adequadamente alimentos e bebidas é mais simples do que se imagina:
Use o bom senso, não queira inventar a roda, seja discreto no número de pratos e vinhos, não complique sua vida e a de seus convidados. As chamadas “regras”, que desafiam irresponsáveis a quebrar-las, não são regras. Foram comprovações demonstradas ao longo de séculos em diferentes lugares no mundo. Sim, acredite, peixe, salvo raras e honrosas exceções, harmoniza melhor com vinhos brancos e espumantes.
10.- A guarda faz bem aos vinhos:
Desde que moderada sim. Nenhum vinho ou espumante se prejudica com a guarda durante períodos de até doze meses desde que conservados ao máximo abrigo da luz e a temperaturas constantes e relativamente baixas, inferiores e 20º e superiores a 10ºC.

3 comentários:

  1. Olá sr Adolfo Lona
    Tenho acompanhado seu blog a algum tempo e tenho gostado muito, é bastante instrutivo e interessante.
    Sobre este post especialmente, tenho uma dúvida quanto ao item 8: caso eu deseje em um jantar servir um vinho tinto e um espumante brut, qual deve ser servido antes?
    Eu pergunto isto pois em algumas degustações os espumantes são servidos por último, mas já ouvi falar que na refeição o espumante deve vir antes, como uma entrada, por exemplo.
    Forte abraço e saúde!
    Tiago Bulla
    www.universodosvinhos.wordpress.com

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  2. Prezado Tiago:
    A sequência espumante - vinho varia conforme o tipo de espumante e a finalidade.
    Se for para acomapanhar aperitivos ou abrir um jantar, na entrada ou no primeiro prato o ideal é um espumante bem seco, nature ou brut. Após, com o prato principal podemos servir o vinho tinto.
    O espumante encerra uma refeição acompanhando a sobremesa e neste caso o ideal é um espumante doce, demi ou Moscatel conforme a doçura do prato. Encerrar uma refeição com um espumante brut se justifica quando esta é comemorativa.
    Em resumo: sempre o espumante antes, salvo quando destinado a acompanhar a sobremesa.
    Grande abraço
    Adolfo

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  3. Sr Adolfo, muito obrigado pela atenção, melhor explicado impossível!
    Aos poucos vou aprendendo...
    Grande abraço!
    Tiago Bulla

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