Estou iniciando o blog "VINHO SEM FRESCURAS" justamente porque estou cansado de tanta frescura quando o tema é vinho. Pretendo abordar todos os assuntos relacionados a esta bebida tão natural da forma mas simples possível. Participe enviando noticias, comentários, críticas ou elogios sobre vinhos, espumantes nacionais ou estrangeiros e até, se quiser, sobre algúm de meus espumantes ou vinho que elaboro na pequena e simpática cidade de Garibaldi no interior de Rio Grande do Sul.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Uvas difíceis
As uvas tintas Pinot Noir, originária da região de Bourgogne e Tannat, originária do sudoeste da França são desafiadoras para os enólogos de todo o mundo. A Pinot Noir apesar de sua sensibilidade ás intempéries do clima e sua difícil adaptação, é extremamente generosa porque quando não atinge bons níveis de maturação para tintos, pode ser utilizada para a elaboração de vinhos bancos “Blanc de noir” magníficos para dar estrutura aos espumantes. No Brasil ela é presença quase que obrigatória nos bons espumantes.
Para elaborar um bom tinto devemos admitir que não há região no mundo que consiga elaborar um Pinot com a estrutura, elegância e personalidade como na Bourgogne.
Já na uva Tannat, o desafio é domar a carga de taninos que deixa os vinhos duros e adstringentes. Um exemplo de como é possível conseguir vinhos equilibrados e saborosos vem do Uruguai onde a Tannat se transformou na uva emblemática. Este pequeno país é um exemplo de esforço concentrado. Nas últimas décadas, através de um audacioso programa de reconversão, conseguiram mudar sua tradicional estrutura produtiva focada em quantidade para uma viticultura direcionada a qualidade e baixa produtividade. Os vinhos de Tannat são soberbos quando compostos com uma pequena parcela de Merlot já que esta uva aporta elegância e maciez.
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