As estatísticas de comercialização de vinhos finos nacionais e importados até o mês de outubro, mostram um novo avanço destes últimos na participação geral.
Agora 79% dos vinhos comercializados no mercado brasileiro são importados com grande crescimento da Argentina, Chile e Itália. O ano passado esta participação era de 75% e parecia ter chegado ao limite máximo.
Enquanto a carga tributária brasileira sufocar a indústria nacional pouco poderá ser feito. ICM, IPI, PIS, Finsocial, IR, e outros tantos aperfeiçoados pela mais vergonhosa invenção que foi a tal de substituição tributária que onera toda a operação e provoca o pagamento antecipado do ICM sobre suposta margem, impedem que haja uma competição justa. Além de tudo isto há algo estranho nos preços de alguns vinhos, em especial argentinos e chilenos. Como é possível que uma garrafa de vinho fino importado, que é feito com uva, que tem custos de elaboração, de embalagens, de frete, de impostos e ainda recebe os acréscimos das margens do produtor, do importador e do revendedor, chegue às prateleiras a preços situados entre R$ 10,00 e R$ 15,00?
Qual é o milagre? Nenhuma autoridade do setor ou governamental sente curiosidade em saber a fórmula? Será que é somente o efeito dólar barato?
É gritante que há algo estranho. Estes vinhos são os que fazem mais dano ao mercado porque não são estímulo à qualidade nem a superação.
Que pena que passam os anos e a situação se agrava. Quando haverá um impostos fixo que penalize o sub-produto e combata esta concorrência predatória? Esperemos que em breve. Enquanto não vem, tenhamos pena do produtor brasileiro que está sendo condenado a um futuro incerto.
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