No mês de maio teremos duas datas reservadas para a realização de cursos de degustação de vinhos e espumantes.
Os faremos na sede de nossa distriuidoras exclusiva, Hannover Vinhos no Bairro Santa Maria Goretti.
Veja os conteúdos e datas abaixo:
Sexta-feira dia 14 de maio
O Mundo dos Espumantes
História, origens, regiões, tipos, métodos de elaboração, uvas. O espumante no Brasil . Serviço do espumante (harmonização, esfriamento, abertura, serviço)
Princípios da degustação de espumantes. Degustação de 4 espumantes charmat e 4 espumantes champenoise.
Coquetel de encerramento com entrega de diplomas.
Local: Hannover Vinhos - Rua Cerro Azul, 710 - Bairro Santa Maria Goretti - Porto Alegre
Fone 51.3337.3890
Horário: das 19hs30min às 22hs30 min
Valor: R$ 120,00 por pessoa.
Sexta-feira dia 28 de maio
Os vinhos da América do Sul
História, origens, regiões, uvas e vinhos do Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.
Princípios da degustação de vinhos brancos e tintos. Degustação didática de quatro vinhos brancos e quatro vinhos tintos.
Coquetel de encerramento com entrega de diplomas.
Local: Hannover Vinhos - Rua Cerro Azul, 710 - Bairro Santa Maria Goretti - Porto Alegre
Fone 51.3337.3890
Horário: das 19hs30min às 22hs30 min
Valor: R$ 120,00 por pessoa.
VAGAS LIMITADAS, FAÇA SUA INSCRIÇÃO JÁ!
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Fones (51) 3337.3890 com Angela ou (54) 3462.4014 /4124 com Ana Isabel
Estou iniciando o blog "VINHO SEM FRESCURAS" justamente porque estou cansado de tanta frescura quando o tema é vinho. Pretendo abordar todos os assuntos relacionados a esta bebida tão natural da forma mas simples possível. Participe enviando noticias, comentários, críticas ou elogios sobre vinhos, espumantes nacionais ou estrangeiros e até, se quiser, sobre algúm de meus espumantes ou vinho que elaboro na pequena e simpática cidade de Garibaldi no interior de Rio Grande do Sul.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
CURSO DE VINHOS E ESPUMANTES (5)
REGIÃO DA METADE SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
A metade sul do Estado do Rio Grande do Sul se caracteriza pela cultura da pecuária e agricultura extensiva de arroz, feijão, soja e milho.
A geografia menos acidentada e o clima úmido favorecem estas culturas. Não há tradição no cultivo de uvas e por isso não existe a figura do pequeno produtor mas desde a década de setenta em algumas regiões se cultivam uvas.
Devido a sua geografia os excessos de umidade são mais rapidamente eliminados ajudados pelos ventos. Por tal razão na Metade Sul as uvas atingem índices de maturação ao ponto tal que dispensam a chaptalização (1) e chegam ás cantinas em melhor estado sanitário que as uvas da Serra Gaúcha. Com isto ganham maior aptidão para a elaboração de vinhos tintos de qualidade.
Existem atualmente duas regiões: a Campanha e a Serra do Sudeste.
CAMPANHA
Bagé e Santana do Livramento:
Estas duas cidades tiveram uma importância fundamental porque foram as precursoras.
A empresa Almadén, subsidiária da multinacional National Distillers, proprietária da Almadén Vineyards da Califórnia, iniciou suas atividades como produtora de uvas e vinhos no Brasil em 1974, quando adquiriu 20 hs de terra no município de Bagé onde iniciou a plantação de mudas de uvas européias. Em 1976 mudou sua base para Santana do Livramento, aparentemente por não ter recebido os subsídios desejados, adquirindo uma área de 1.200 hs no distrito de Palomas.
Como Almadén sempre comercializou seus vinhos sem fazer relação á zona de produção, esta região ficou pouco conhecida pelo mercado consumidor. Almadén foi vendida para a Heublein que posteriormente a repassou a empresa francesa Pernod Ricard. A marca entrou em decadência e finalmente em 2009 o grupo gaúcho Miolo a incorporou através de uma sociedade com Randon e Benedetti.
Livramento é uma boa região apesar de ter problemas de solo.
Em Bagé há terras excelentes e o novo empreendimento que se destaca é a Vinícola Peruzzo que, numa área de 150 hs cultiva 15 hs de uvas finas como Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Merlot e outras onde aplica rigorosos controles de produtividade por pé, poda curta, poda verde e desfolhe. Obtêm uvas de alto grau de maturação e excelente estado sanitário que são elaboradas numa pequena cantina com uma cave de maturação em barricas de carvalho francês de vinhos e espumantes e modernos equipamentos. Peruzzo elabora todos seus vinhos e espumantes utilizando exclusivamente as de seus vinhedos. Bagé ganhará prestigio com a atuação desta vinícola.
Candiota e Dom Pedrito
Nestes dois municípios a vitivinicultura é muito recente e há, além de pequenos empreendimentos familiares, a presença da Miolo que adquiriu uma grande área de terras em Candiota. Nela cultiva uvas finas tradicionais e também de origem portuguesa como Touriga Nacional,Alfrocheiro e Tinta Roriz que parecem ter se adaptado muito bem. Da cantina recentemente construída saem os vinhos das marcas Fortaleza do Seival e Quinta do Seival. Recentemente a Miolo anunciou que todos os vinhos da marca Miolo também serão elaborados em Candiota com o que antecipa o abandono da região do Vale dos Vinhedos como origem deste tipo de vinho.
(1) Chaptalização: Prática enológica permitida somente nos países onde a escassa maturação das uvas impede que os vinhos possuam graduação alcoólica natural superior a 10%.
Foi desenvolvida pelo químico francês Jean-Antoine-Claude Chaptal do qual deriva o nome. A referida prática possibilita adicionar açúcar de cana ou de beterraba (conforme a maior disponibilidade) aos sucos antes da fermentação com o objetivo de aumentar o grau alcoólico. No Brasil é permitida a chaptalização até no máximo 3% em volume. Na Argentina e Chile não é permitida porque as uvas atingem maturidade suficiente.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Selo é fiscal não de qualidade
Hoje o Ministro Mantega esteve em Porto Alegre para anunciar a adoção do Selo Fiscal para os vinhos, espumantes e derivados da uva e do vinho. O anuncio criou uma lamentável confusão já que muitos veículos o festejaram como se fosse um selo de origem, qualidade e garantia.
NÃO É.
É um simples selo fiscal idêntico ao utilizado pelos destilados que apesar dele, continuam sendo falsificados e contrabandeados.
Como todos sabem, a UVIFAM - União das Vinícolas Familiares foi contra pelo ineficaz, burocrático e burrocrático que é. Algum mal informado interpretou isto como um movimento das cantinas artesanais que trabalham na informalidade. Grande bobagem...
As vinícola familiares, apesar de serem quase artesanais, trabalham formalmente, cumprindo suas obrigações com o fisco e a sociedade como as grandes empresas. Os proprietários e seus familiares diretos que cuidam do negócio tem tanto orgulho do que fazem e tanto empenho no produção de seus vinhos e espumantes que uma grande maioria usa seu nome como marca.
Agora que está oficializado vamos torcer para que seja efetivamente uma solução para o contrabando, a sonegação e a falsificação. Se não for, não tem problema. Será mais um imposto na magra carga que o setor tem.
NÃO É.
É um simples selo fiscal idêntico ao utilizado pelos destilados que apesar dele, continuam sendo falsificados e contrabandeados.
Como todos sabem, a UVIFAM - União das Vinícolas Familiares foi contra pelo ineficaz, burocrático e burrocrático que é. Algum mal informado interpretou isto como um movimento das cantinas artesanais que trabalham na informalidade. Grande bobagem...
As vinícola familiares, apesar de serem quase artesanais, trabalham formalmente, cumprindo suas obrigações com o fisco e a sociedade como as grandes empresas. Os proprietários e seus familiares diretos que cuidam do negócio tem tanto orgulho do que fazem e tanto empenho no produção de seus vinhos e espumantes que uma grande maioria usa seu nome como marca.
Agora que está oficializado vamos torcer para que seja efetivamente uma solução para o contrabando, a sonegação e a falsificação. Se não for, não tem problema. Será mais um imposto na magra carga que o setor tem.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Mesa e Fino
Com a guerra predatória de preços, os vinhos provenientes de uvas da espécie européia estão muito próximos dos vinhos provenientes de uvas da espécie americana e se o consumidor não tomar cuidado poderá comprar gato por lebre.
Como diferenciar-los? Através da leitura atenta do rótulo onde constam, por força de lei, as denominações específicas de cada tipo.
Vinhos de mesa:
São os provenientes das uvas americanas e conhecidos também como vinhos comuns. As uvas americanas são mais produtivas, mais resistentes às doenças fungicas e por tal razão menos custosas razão pela qual estes vinhos são vendidos a preços menores. Com as uvas americanas são elaborados os vinhos comercializados em garrafões e os sucos de uva.
Algumas variedades americanas ou híbridas de americanas são Isabel (a mais difundida no Brasil), Concord. Seibel, Niágara, Bordó, Herbemont e Seyve Willard.
Quase todos os países produtores do mundo, salvo USA, Uruguai e Brasil, proíbem o cultivo desta espécie devido a resistência que tem em relação a uma praga conhecida como filoxera que quase acabou com a vitivinicultura mundial em inícios do século vinte.
Vinhos finos:
São os provenientes das uvas européias conhecidas como finas ou viníferas. Estas variedades são menos produtivas e sensíveis a doenças por isso os tratamentos preventivos e de combate encarecem sua produção. Os vinhos finos são vendidos principalmente na embalagem de 750 ml mas também nas de 375 ml (meia garrafa) ou 1,5 litro(magnum).
Algumas variedades viníferas são Chardonnay, Semillón, Riesling, Sauvignon Blanc, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Tannat, Merlot e outras.
Como as apresentações em embalagens de 750 ml ficam muito parecidas preste atenção com o que compra. Qualquer garrafa de vinho de mesa (por mais bonita que seja sua apresentação) que for oferecida a preço superior a R$ 5,00, é caro, e um vinho fino a menos de R$ 8,00 é perigoso.
Apesar que o erro pode custar menos de R$ 10,00, gato é gato, e lebre é lebre.
Como diferenciar-los? Através da leitura atenta do rótulo onde constam, por força de lei, as denominações específicas de cada tipo.
Vinhos de mesa:
São os provenientes das uvas americanas e conhecidos também como vinhos comuns. As uvas americanas são mais produtivas, mais resistentes às doenças fungicas e por tal razão menos custosas razão pela qual estes vinhos são vendidos a preços menores. Com as uvas americanas são elaborados os vinhos comercializados em garrafões e os sucos de uva.
Algumas variedades americanas ou híbridas de americanas são Isabel (a mais difundida no Brasil), Concord. Seibel, Niágara, Bordó, Herbemont e Seyve Willard.
Quase todos os países produtores do mundo, salvo USA, Uruguai e Brasil, proíbem o cultivo desta espécie devido a resistência que tem em relação a uma praga conhecida como filoxera que quase acabou com a vitivinicultura mundial em inícios do século vinte.
Vinhos finos:
São os provenientes das uvas européias conhecidas como finas ou viníferas. Estas variedades são menos produtivas e sensíveis a doenças por isso os tratamentos preventivos e de combate encarecem sua produção. Os vinhos finos são vendidos principalmente na embalagem de 750 ml mas também nas de 375 ml (meia garrafa) ou 1,5 litro(magnum).
Algumas variedades viníferas são Chardonnay, Semillón, Riesling, Sauvignon Blanc, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Tannat, Merlot e outras.
Como as apresentações em embalagens de 750 ml ficam muito parecidas preste atenção com o que compra. Qualquer garrafa de vinho de mesa (por mais bonita que seja sua apresentação) que for oferecida a preço superior a R$ 5,00, é caro, e um vinho fino a menos de R$ 8,00 é perigoso.
Apesar que o erro pode custar menos de R$ 10,00, gato é gato, e lebre é lebre.